Desço por essas ruas frias e quase escuras, mesmo a luz do dia, todos os dias. Meu olhar cruza com outros olhares a caminho de qualquer lugar. Também vejo da minha janela um vai e vem de pessoas que não sabem daonde vieram nem para onde vão.
Encontro-me em esquinas silenciosas de uma uma cidade que não buzina.
Pertenço a uma cividade quase mecanica.
As pessoas não sorriem.
Qual é a graça de São Paulo, então. Me perguntarão.
É o que escondemos atras desses rostos livres de expressão.
É o momento exato de quando penetramos o lugar seguro do outro individuo. As vezes isso acontece e termina em menos de quatro horas.
Transei nesse ultimo mês com o Claudio, o Mauro, dois Rafaeis e o Angelo. Lindinho esse Angelo.
Eu quero mais é continuar chegando em casa as nove da noite. Tomar um banho, fumar um baseado, bobear na internet e me trocar pra sair. Quero encontrar meus amigos e pedir uma bebida, duas três, quatro, quero dançar as musicas que estão tocando. Quero sair quando me der vontade para o frio da madrugada paulistana, e abraçados cantar com o Edu e o Leo, alguma música antiga no silêncio da madrugada.
Esse é o meu mundo.